segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Lua Nova

Salve GRAlera! A Lua Nova de 27 de janeiro na Terra Aldeia foi vivida com gostinho de quero mais. Entre ausências sentidas e presenças nutridas, seguimos com liberdade, limites e possibilidades para "adentrar" nesta terra em clima de muito amor. 

Dê trouxe Ana da Fonte - referência do grupo em constelação, que aceitou com alegria  constelar o terreno quando tivermos mais juntos. Cris, sua pupila, arrasou na constelação com o vizinho que logo recolheu o lixo deixado na nossa porta depois de uma conversa delicada. De onde estiver Seu Queiroz sentiu orgulho dessa filha. Eu senti. Ana saiu umas 19h depois de ouvir a carta que Valença escreveu para Jana contando a vivencia em 2010, no CERNE. Dal  e Cris  ficaram mais um pouco e lemos a carta que Dal escreveu para Merra também sobre a vivência desse dia. A propósito, que felicidade abraçar Dal! Ela disse não conseguiu avançar na sua relação com o corpo e resistência, mas quem de nós encararia um programa de índio desses sentindo uma crise de coluna? Eu não. <3 


Marcamos AS DATAS DA PRÓXIMA LUA,  será na CHEIA de MARÇO, DIAS 10 e 11, sábado e domingo. Brindamos com vinho e quando todos se foram eu, Ro e Dê ficamos no escurinho ouvindo os sons e conversando sobre sensações primárias com a terra, além da constelação sobre o lixo do vizinho. Foi quando nosso visitante noturno apareceu com passadas tranquilas que fizeram Dê se levantar. Lanternas em punho em direção ao barulho, Ro encontrou os olhos brilhantes do visitante o Timbu, nosso marsupial dos trópicos.  Seu barulho nos acompanhou até altas horas. Retomamos a conversa e relacionamos que levantar a cerca caída que separa os fundos do terreno com o do vizinho; acessar a água do local por poço até resgatar alguma nascente com manejo agroflorestal; e levantar um banheiro num esquema de bioconstrução podem animar nossas conversas, intuição e diversão nas próximas luas.  


A propósito, a terra que se acha abaixo de uma generosa camada de folhas e galhos secos é seca, cheia de raízes finas e grossas, alem de dura e difícil de ser emburacada.  Adivinha por que eu descobri isso? Rsrs... Tomamos nota no diário da terra sobre outras observações da natureza. Mai e Kalil tinham muita conversa pra botar em dia, graças a isso a fogueira se manteu viva mesmo quando nós fomos dormir. Entre um cochilo e outro, acordei com a certeza que as barracas devem manter um espaço regulamentar para os apreciadores de conversas madrugueiras - Mai confirmou que foram dormir às 4h durante o café da manha com direito a tapioca gourmet e frutas. Começamos a levantar acampamento por volta das 10h com um sentimento de satisfação por ter vivido essa escolha.